Por Cíntia Zanca, Engª Técnica Química; Analista de Laboratório da PROGT
O teste de sedimentação em bancada é uma etapa básica para o dimensionamento do decantador (espessador e clarificador).
O experimento corresponde a um processo de separação sólido-líquido, que simula o que ocorre na prática. Para o teste é necessário o uso de uma proveta, de 1000 ou 2000 mL e algumas condições como: uma bancada plana e livre de vibrações, proveta posicionada contra paredes que contrastem com a cor do material a ser sedimentado, iluminação e um cronômetro.
Nos resultados dos testes alguns fatores como a massa específica, tamanho e forma da partícula e a velocidade terminal são importantes. A velocidade terminal de uma partícula, é uma velocidade uniforme quando as forças de impulsão e de atrito em que a partícula está sujeita igualam a força da gravidade.
Baseado nisso, o teste de sedimentação identifica o comportamento das partículas suspensas em um líquido e atribui dados de velocidade de sedimentação e concentração máxima da polpa.
Quando o interesse final é a polpa formada no fundo do decantador, damos o nome de espessador. Quando o interesse é no líquido clarificado, damos o nome de clarificador.
Durante o processo de decantação, algumas partículas podem ser muito pequenas ou estarem estabilizadas na suspensão, não tendo “força” o suficiente para decantar. Quando isso acontece, é utilizado o que chamamos de coagulante e floculantes, ambos aceleram a velocidade terminal na decantação, pois agregam as partículas, as fazendo ficar mais densas e decantando. O tipo de floculante e coagulante a ser utilizado vai depender do material a ser separado.
Figura 1 - Atuação do coagulante e do floculante (CAGLIARI, 2018)
Figura2- Etapa teste de filtração com carbonato de Cálcio (Arquivo pessoal)
Figura 3 - Gráfico tempo x altura no modelo de Kynch (MAIA; SILVA, 2021)
Referências
ACQUA TECNOLOGIA (San Luis – Lima). Coagulantes e floculantes.
Disponível em: https://acqua.com.pe/producto/coagulantes-y-floculantes.
Acesso em: 14 set. 2021.
CAGLIARI, Larissa. Padronização do uso de policloreto de alumínio e poliacrilamida em uma ETA de Porto Alegre. 2018. 51 f. TCC (Graduação) – Curso de Engenharia Química, Engenharia Química, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2018.
Disponível em: https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/193334/001091463.pdf?sequence=1&isAllowed=y.
Acesso em: 14 set. 2021.
MAIA, Juliana Ferreira; SILVA, Otávio Henrique de Amorim. VERIFICAÇÃO DOS MÉTODOS DE DIMENSIONAMENTO DE ESPESSADORES.
Disponível em: https://semanaacademica.org.br/system/files/artigos/artigo_publicar_1.pdf.
Acesso em: 14 set. 2021.
SEDIMENTAÇÃO Contínua: Teoria. Realização de Na C. Boechat, Ana L. Trindade, Rafaela Rosa, Thalys Santos, Victória Teixeira. Roteiro: Na C. Boechat, Ana L. Trindade, Rafaela Rosa, Thalys Santos, Victória Teixeira. S.I.: S.I, 2017. (6 min.), son., color.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=tgK5Hk89wXk&t=167s.
Acesso em: 09 dez. 2021.
